A organização não-governamental Repórter Brasil inovou ao lançar uma cartilha para jornalistas sobre o que será discutido e implementado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
A publicação “O Lado B da Economia Verde - Roteiro para uma cobertura jornalística crítica da Rio+20” tenta guiar jornalistas através do cipoal de temas da conferência. Uma salada de siglas precisa ser compreendida, tais como MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo); REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, Conservação, Manejo Florestal Sustentável) e PSA (Pagamento por Serviços Ambientais).
A publicação está disponível em PDF. Apesar de voltado para jornalistas, o texto é acessível e interessante para todos os que desejam se aprofundar no assunto.
(...) A premissa de que a proteção do meio ambiente só ocorrerá se for lucrativa, ou que só podemos preservar pagando por isso, enfraquece o Estado de Direito e o cumprimento da lei, assim como deixa de fora os aspectos científicos e biológicos inerentes à saúde do planeta, sociais, culturais e espirituais inerentes à sobrevivência das populações rurais e tradicionais que dependem e convivem com a natureza e seus recursos - e que cumpriram até hoje o papel histórico de preservação dos ecossistemas. Acima de tudo, nega o fato de que as crises climáticas e ambientais são decorrência direta de um modelo de desenvolvimento intrinsecamente predador e depredador.
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